PORTAS RADIOATIVAS

                      No ano de 1896, o francês Antoine Henri Becquerel descobriu a radioatividade, assim abrindo portas e ampliando o campo medicinal. Teve sua primeira aplicação nessa área em 1923, mas seu reconhecimento ocorreu apenas 48 anos depois, pela Associação Americana de Medicina.

                     Alguns exemplos do uso da radioatividade na medicina são os radiofármacos, a radioterapia e os radiodiagnósticos. Dentre eles, a mais conhecida é a radioterapia, utilizada para destruir tumores (ou impedir que os mesmos aumentem) por meio da radiação ionizante*. Tal tratamento pode ser realizado de duas formas: a externa, que utiliza uma fonte afastada do paciente, e a interna, em que o material radioativo é aplicado por meio de aparelhos que ficam em contato com o organismo do paciente. Vale ressaltar as diferenças entre a quimioterapia e a radioterapia, ambas utilizadas no tratamento contra o câncer (figura 1).

Quimioterapia é o tratamento que utiliza medicamentos para destruir as células doentes que formam um tumor. Os medicamentos agem de forma diferente no corpo. Eles se misturam com o sangue e são levados a todas as partes do organismo, destruindo as células doentes que estão formando o tumor e impedindo, também, que elas se espalhem pelo corpo. Uma sessão de quimioterapia pode durar de poucos minutos a infusões prolongadas de vários dias.

Radioterapia é um tratamento no qual se utilizam radiações para destruir um tumor ou impedir que suas células aumentem. Para muitos pacientes, é um meio bastante eficaz, fazendo com que o tumor desapareça e a doença fique controlada. As aplicações diminuem o tamanho do tumor, o que alivia a pressão, reduz hemorragias, dores e outros sintomas.

Figura 1.

                  Além da radioterapia, os radiodiagnósticos se destacam no campo da radioatividade (figura 2). Nesse caso, a mesma é utilizada para a obtenção de um diagnóstico, onde é permitido identificar alterações e fornecer informações sobre o tipo ou extensão da mesma. A identificação é possível por meio de uma câmara gama. No mesmo campo medicinal destaca-se o radiofármaco. É formado pela junção de moléculas e elementos radioativos, que são usados no diagnóstico e no tratamento de doenças.

Figura 2. Fonte: http://www.radimex.com.br/site/

                  Conheça mais sobre as aplicações da energia nuclear na medicina, que vem trazendo benefícios ao paciente desde que foi descoberta: 

                    

A imagem acima relaciona os elementos radioativos com sua função medicinal. Fonte: http://www.mundoeducacao.com/quimica/aplicacao-radioatividade-na-medicina.htm

*Radiação ionizante: é a radiação que possui energia suficiente para ionizar átomos e moléculas e é capaz de provocar alterações no material genético (DNA). 

Fontes bibliográficas:

http://www.brasilescola.com/fisica/medicina-nuclear.htm http://www.infoescola.com/medicina/medicina-nuclear/
http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?ID=100
http://www.hcancerbarretos.com.br/radioterapia-2

http://www.abfm.org.br/exame.asp?cod=4

Perguntas relacionadas ao texto: 

1)      Qual é o tratamento mais usado para tratar o câncer usando a radiação e como ele atua sobre o nosso corpo?

2)      O que é um radiodiagnostico e qual tipo de radiação é usada?

3)      Qual a diferença entre a radioterapia e a quimioterapia

4)      Por que a presença de material radioativo no corpo humano não coloca o paciente em situação de risco? 


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